domingo, 17 de novembro de 2013

Álcool e direção: Não foi acidente!

“Se beber, não dirija!”

A frase acima é bem conhecida por todos, sendo anunciada constantemente pelos meios midiáticos, que felizmente adotaram seu papel de ser também responsável pela cultura de um trânsito mais seguro, através de campanhas que busquem inibir ações infratoras e conscientizar a todos os condutores sobre o risco de dirigir sob a influência do álcool. No entanto, é através destes mesmos canais de comunicação, que testemunhamos constantes notícias sobre mortes no trânsito, as quais, segundo estatísticas atualizadas, alcançam um patamar de cerca de 40 mil vítimas por ano no Brasil, sendo que quase 50% são decorrentes do álcool associado à direção. Segundo especialistas da área, as ocorrências de acidente vinculam-se a quase sua totalidade ao descumprimento das normas de circulação, principalmente relacionada ao estado de alcoolemia em que o condutor se encontra, sendo automaticamente associada à total falta de responsabilidade e consciência ética em interagir num ambiente onde a mobilidade exige grau de percepção, acuidade, reflexo e sintonia para que se evite ou promova acidentes.



Dentro desse universo estatístico alarmante de mortes no trânsito, na qual vidas inocentes são ceifadas e famílias inteiras tem sua paz roubada surgem movimentos de grande impacto que lutam por mais educação e conscientização no trânsito, como o “Não Foi Acidente”, que criou o projeto de lei que leva o mesmo nome do movimento e busca, através de petição na internet, reunir assinaturas suficientes para mudar a legislação de trânsito, promovendo a reformulação da Lei Seca e instituindo a tolerância zero, fiscalização eficiente e punição exemplar sobre os condutores infratores que misturarem álcool e direção. O projeto que já foi encaminhado para a comissão de trânsito da Câmara dos Deputados, e conta com aprovação popular já conta com quase um milhão de assinaturas e expõe o grito de mães que perderam seus filhos de forma abrupta e irresponsável e de uma sociedade que clama por uma humanização do trânsito, para a formação de uma nova mentalidade e de um comportamento ético que priorize a vida.

É preciso que o homem se reconheça capaz de examinar seus atos quando no trânsito, sendo totalmente responsável por suas ações, pois transitar é uma necessidade de todos e é preciso que este seja realmente um espaço de convivência harmoniosa, respeitosa e democrática. 



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