É fácil nos dias de hoje nos depararmos com pessoas como o Senhor
Walker, um cidadão honesto, ético, respeitador, que não seria capaz de machucar
uma mosca. Porém ao estar atrás do volante sua personalidade muda
completamente, se tornando alguém que esquece seus princípios e valores,
desrespeitando as regras de trânsito e colocando sua cidadania de lado, pelo
sentimento de poder e segurança que é criado quando se esta dirigindo.
Conseqüentemente se apropria das vias e esquece que o trânsito é um bem
coletivo, e acaba as tornando propriedades privada. Esta individualidade é o
principal fator dos conflitos no trânsito. Mas de onde ela vem? Será que
o egoísmo no trânsito, tem haver com a cultura do nosso país? Analisando um
pouco da historia do Brasil, essas perguntas podem ser esclarecidas.
Ao contrario do que muitos acreditam a colonização do Brasil não foi
causada pela descoberta do território brasileiro, pois já existiam os povoadores
indígenas que viviam nas terras brasileiras há muito tempo, antes da chegada
dos europeus. Desta forma fica claro que o Brasil foi conquistado e não
descoberto. O primeiro contato entre os portugueses e os indígenas foi
chamado de “o encontro de culturas”, porém com a colonização portuguesa pode se
notar “o desencontro de culturas”. E foi assim que foi inserida no Brasil
a cultura européia. Os portugueses ao explorarem as terras brasileiras notaram
que para melhor controle e organização das terras seria necessário adotar um
sistema chamado de capitanias hereditárias que dividia o Brasil em 15 regiões e
não satisfeitos ainda criaram outro sistema chamado de sesmaria, lotes menores
de terra que eram entregues ao sesmeiro com o intuito de tornar a terra
produtiva. A colonização portuguesa teve forte influência na cultura do Brasil.
Bom, mais qual a relação existente com os maus hábitos no
trânsito? A cultura brasileira influenciada pela européia foi passada durante
décadas aos brasileiros que se acostumarão com esse pensamento individualista,
de que tudo é privado, nada é coletivo, e essas marcas do passado se refletem
em vários fatores na nossa sociedade, inclusive no trânsito.
Para diminuir o efeito da influência individualista que nos foi
transmitida através da nossa própria cultura é necessário nos mantermos
consciente do nosso papel na sociedade exercendo a nossa cidadania. As leis e
códigos de transito devem ser respeitados em beneficio da coletividade, assim
estaremos respeitando o direito do próximo, e também seremos respeitados.